Avengers: Endgame

Avengers: Endgame

de

Anthony Russo e Joe Russo

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by Disney e Marvel Studios

Épico, talvez seja a primeira palavra que me surge quando penso neste filme. E não penso tanto nessa palavra pelo filme em si próprio, mas sim pelo que este derradeiro episódio representa enquanto o culminar de uma série extraordinária de personagens e histórias criadas para ele.

Não sendo de todos os pioneiros no conceito (há muitos spinoffs anteriores, caso se encontrem esquecidos…), a Disney e a Marvel Studios conseguiram criar algo que (e vou cometer um pecado…) nem sequer a saga Star Wars alcançou. Em onze anos, vinte e dois filmes partilhando o mesmo universo criativo, sublinhe-se, é obra. É história.

Muita criatividade, muito tempo e muito dinheiro foram necessários para alcançar este momento para o cinema. É certo que o investimento brutal em guiões, guarda-roupa e worldbuilding já tinha por trás a Casa de Ideias da Marvel (e muito Stan Lee…), mas não nos esqueçamos que aplicar o conceito de universo partilhado é relativamente mais fácil (e barato…) para universos literários. Há n casos de universos partilhados na nossa cultura literária. Todavia, quando se fala de cinema os casos escasseiam…

Enfim, quanto a esta conclusão da Saga Infinity, importará debruçarmo-nos apenas sobre este episódio, tentando como é óbvio colocar um pouco de parte todo o investimento emocional dos vinte e um filmes anteriores.

Começando então pelo enredo, o mesmo ganha forma apresentando-nos uma derrota absoluta dos Vingadores. Daqui, há quem siga em frente, outos há incapazes de lidar com o inconformismo e, por fim, e com alguma sorte, temos um retorno importantíssimo servindo de centelha para vontades anteriormente apagadas (mostrando que por mais recente e minúsculo que seja nunca foi nem será um herói menor neste universo). Em seguida, começa a demanda para tentar aniquilar o apocalíptico estalar de dedos de Thanos.

Ora, não existindo nenhuma personagem nova, não posso desdizer o que já disse anteriormente acerca delas. Todos os actores que lhes dão vida comportam-se à altura da gigantesca tarefa. Merecem, no entanto, um reconhecido destaque Iron Man, Captain America, Thor e Black Widow. Os restantes, tendo os seus momentos, servem muito de muleta a este quarteto de super-heróis.

Quanto à fotografia e CGI, este filme excede-se. Vai buscar o melhor de cada filme. As cenas no espaço sideral estão óptimas, as cenas em Asgard puxam-nos ao sentimento e as cenas dos anos setenta alicerçam o final de duas personagens fundamentais.

Depois, como em todos os grandes filmes, há uma cena em que tudo se agrupa (o som, a imagem, a interpretação…) para nos convidar a correr ao lado dos protagonistas contra as trevas. É o momento emocionalmente mais forte do filme, o momento que serve de agradecimento aos incontáveis números de pessoas que acompanham esta série desde o início.

Claro que o filme tem falhas, pequenas falhas. Contudo, em nenhum momento atraiçoam a qualidade do mesmo filme e muito menos o fim deste.

Por tudo isto, e achando de todo um desperdício de tempo recomendar algo que a maioria das pessoas que gostam de filmes já querem ver, digo apenas que não existe nenhum motivo para não verem a conclusão da Saga Infinity e assistirem a um momento histórico para o cinema, quiçá apenas batido no ano 3.000!

 

 


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